quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Nota número três - sobre tom bege

Estou juntando meus pedaços para não perder os seus, isso é tão claro para mim.
É como chamar no escuro sem ser ouvido, é sobrevivência desesperada.
É clichê falar de amor?

Nota número dois - sobre tom bege

Ah, essa vida preto no branco, que se pede amar.
Essa mesma dose de vinho, que se pede embebedar.
Nada mais triste que uma vida feliz.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Quem escreve não mata

Eu morro e te mato de ódio, todo em pensamento.
Me rebelo, detesto sua companhia, detesto ter que te ver.

Aaaaaah
Que ódio maior
Que invade meu sono
Você é sempre tão ruim.

Eu morro para não te matar
Corroo o fígado para me lembrar do bem.

Aaaaaarg
E cada vez é maior
E cada vez me causa mais raiva
Cada vez penso em morrer.

Morrer do tempo, morrer da vida, morrer da poesia, morrer dos sonhos, morrer da fala, morrer de ódio, morrer no mar, morrer de você.

De você
De você
De você

Por isso eu escrevo, porque me ameniza o rancor
Quem escreve não mata, mas morre
L-E-N-T-A-M-E-N-T-E.