quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Nota número três - sobre tom bege

Estou juntando meus pedaços para não perder os seus, isso é tão claro para mim.
É como chamar no escuro sem ser ouvido, é sobrevivência desesperada.
É clichê falar de amor?

Nota número dois - sobre tom bege

Ah, essa vida preto no branco, que se pede amar.
Essa mesma dose de vinho, que se pede embebedar.
Nada mais triste que uma vida feliz.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Quem escreve não mata

Eu morro e te mato de ódio, todo em pensamento.
Me rebelo, detesto sua companhia, detesto ter que te ver.

Aaaaaah
Que ódio maior
Que invade meu sono
Você é sempre tão ruim.

Eu morro para não te matar
Corroo o fígado para me lembrar do bem.

Aaaaaarg
E cada vez é maior
E cada vez me causa mais raiva
Cada vez penso em morrer.

Morrer do tempo, morrer da vida, morrer da poesia, morrer dos sonhos, morrer da fala, morrer de ódio, morrer no mar, morrer de você.

De você
De você
De você

Por isso eu escrevo, porque me ameniza o rancor
Quem escreve não mata, mas morre
L-E-N-T-A-M-E-N-T-E.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Nota número um - sobre tom bege

AAARRRRRRRGG!!
Vida, vida, me preparando para a batalha, como uma mãe faz com sua filha.
Mais que mãe desnaturada você é!

Desarmada

Quase posso contar o que tornei especial nas pessoas, o que de fato me prendia a elas, mas contar seria medi-las e não fazer isso de vez em quando, faz parecer que seus defeitos não chegam.
Não puxei nada, nem abismo, nem saco, nem piada forçada e nem tapete, nem sequer levei-me ao centro do baile para dançar, gosto mais de olhar os passos dos outros e ver onde eles tropeçam.
Não me entenda mal, mas é preciso ser assertivo quando necessário.
Mas não, este não é um texto sobre como se preparar, só quero dizer que muitos se tornaram feios diante de mim e que eu já superei isso.
Agora posso confessar que contei suas qualidades e que seus defeitos chegaram, mas confesso também, que muitos deles ainda insistem em  me surpreender. 
Positivamente.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Cem recaídas

Já sofri em silêncio até implodir meus pedaços.
Assim desisti de me manter lúcida.
No que ocorreu em seguida, sóbria eu já não estava.
E meu segredo explodiu de forma desagradável.
Só por isso eu ando longe das bebidas mais divertidas,
porque elas queimam o fígado e acabam com meu sexto sentido.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Nota número dois

Tempestade de areia num quase perfeito círculo
Eu sou mesmo mar destruidor.
Comendo as beiradas, conduzindo.
Planejando feitiços baixos, sucintos, mesquinhos.

Você não é tão bom

Você não serve!
Ou melhor, não me serve!
É exatamente isso, não me adianta em nada.
Abismo sem volta.
Você não me convence!
Nem tentando e nem fingindo.
Eu estou um passo a frente.
É decida sem volta.
É patético, desnecessário!
Simplesmente você não completa nada.
Não me completa!
São seus defeitos sem volta.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Lado escuro

Meu paladar é ácido, não tão diferente das minhas palavras "macias", mas talvez
você seja arcaico demais para entender o bem que estou fazendo aos fracos.
Você pode ver quanto amor eu distribuo?
Pode senti-lo agora mesmo?
Sou a rainha negra, a viúva, a última imagem.
Meus sentidos são como desertores e não há volta, meu bem, não há.
Eu estarei onde eu bem entender, sem culpa para justificar.
Porque eu não caio em contradição mesmo sendo de cristal, mas talvez
você seja arcaico demais para entender o bem que estou fazendo aos fracos.
Você pode ver quanto amor eu distribuo?
Pode senti-lo agora mesmo?
Eu sou como a última imagem, a mais forte, mais chocante, mais repetitiva, mais rápida.

sábado, 8 de agosto de 2015

Nota número um

Uma frase leve em uma tempestade elegante
eu sou mesmo o redemoinho.
Contornando o copo, abduzindo.
Escrevendo versos curtos, saindo, caindo.

Nomeadores do mundo

Não somos amigos, nem irmãos, nem outra coisa.
Somos a despreocupação do tempo e do termo,
não temos cadastro e nem rótulo.
Não somos amigos, nem conversamos.
mas buscamos no mundo um lugar bem melhor.
Não somos nada do que é íntimo e tão intimamente nos olhamos.
Não andamos juntos, negamos qualquer afeto, 
não nos comunicamos por palavras.
Somos a parte do jardim que ninguém quer visitar,
nem nós mesmos, queremos isso.
Não somos amigos, nem leais ou legalmente justos.
Amigos acabam sempre sendo mais que um.
Não nos nomeamos unidos, não queremos título.
Digo e repito, não somos amigos.
Somos um só, sem a intromissão dos outros.


domingo, 2 de agosto de 2015

"Um sonho de paz" - Campeã no Concurso de Poesia 2015

As flores murcharam
e o chão estremeceu.
Muitas vozes anunciaram
que algo grande aconteceu.
As algemas se soltaram,
a confiança apareceu.
O transe acabou,
mãos foram dadas.
O silêncio se quebrou,
pessoas desceram as escadas.
Uma luz os iluminou,
todos foram para a estrada.
A guerra parou para ver,
A luz que irradiava mais forte,
e logo foi obedecer,
abandonando a morte.
Paz ao mundo é o poder,
da realidade sem corte!
A fome sumiu dos lugares,
as pessoas estavam felizes.
O amor retornou aos lares,
levando os sentimentos tristes.
Fortes ficaram as bases,
nas famílias, os sonhos possíveis.
Meu sonho será realidade,
podemos conquistar tudo isso.
A paz se tornará lealdade,
se todos estivermos unidos.
Os monstros não serão de verdade.
Que a paz esteja contigo!


"A paz no meu pedaço" - Vice Campeã no Concurso de Poesia 2014

Dentro da minha casa
a paz sempre viveu.
Gostaria de dizer
que mais gente a conheceu,
que tudo se esclareceu,
que o amor permaneceu.
Como falar de paz
se aqui não a vejo?
Quando saio à rua
levo susto, sou desespero.
Passo procurando sossego,
tranquilidade é o que desejo.
Quero sair de casa feliz.
Quem sabe o medo some?
Não posso dizer tanto
do lugar de onde venho.
Vou contar sobre meu sonho,
um sonho bonito!
Onde há bandeira branca,
tudo tem cheiro de rosas,
pessoas com bons trabalhos,
crianças nas escolas.
Fadas madrinhas me ajudem
a mudar nossa história,
sonhos são importantes,
mas o mudar é pra agora.
No meu quarto tranquilo
encontro a paz que preciso.
Que meu pedacinho tenha paz
enquanto ainda vivo. 

sábado, 25 de julho de 2015

Sobre(vivendo)

Ah!
Esse doce frescor das palavras guardadas são questionáveis, quando transformo minha poesia romântica num cabo de guerra.
São escritas para não se ler e se manter em segredo, mas mal sei eu, que escrever já é anunciá-lo a todos.
Sendo do mesmo mal, eu posso sobreviver a mais uma dose dessas de ressaca moral e apagar depois, o que escrevi.
Ah!
Se você soubesse o que é real em tudo isso, talvez fosse ainda mais complicado.
Espero que continue surdo para que eu sobreviva sem causar danos.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Você é meu amigo?

Por acaso você me esperou para sair e me convidou para visitar-lhe?
Por acaso você se lembrou de me incluir na sua lista de companhias?
Digo por vez, quão barato você soa, quão mesquinho e indiferente você me parece agora e não há nada que eu possa fazer, porque não quero.
Eu cresci, meu amigo.
Aprendi como me sentir em relação a tudo isso.
O que espera que eu aceite? Ser seu consolo quando necessário?
Pois saiba que não!
Eu não abandono os amigos, não esqueço de perguntar como vão,
mas para quê? Para quem isso serve? Não sei, mas basta já dessa tolice!
Sou de todos a mais consciente que não preciso de você para ser feliz,
se for para magoar, já saiba, que foi a primeira e última vez.
Não há rancor, como também não há perdão.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Ampulheta

Já não era sem tempo o tempo que passou
Passou como soou o tempo e como se deve passar
Porque soou tão sem tempo que já não ia precisar.

Se mais tempo sobrasse do que não passou
Passaríamos sem deixar soar tão sutil
Aquilo que soou como útil.
Não deixaríamos nem sequer o tempo mentir.

Quando você passar aqui, mesmo sem de fato passar
Não me deixe pensar que passou por passar apenas
Para que não soe tão ruim o tempo que duramos.


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Como voltar

Arrependa-se e rima-me
Sorria sem dor, tiquetaqueie
Não há como voltar
É só criar coisas novas.
Todo o mundo faz,
você vai perceber.
Desminta-se, ame-me
E não há como voltar
É só tiquetaquear

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Comunicado extra-sensível, não urgente, tão urgente

Primeiramente, bem vindo (a)!
Estou recomeçando este blog, não que eu odiasse tanto assim o outro, mas já não me agradava mais.
Meu blog agora passará por novas atualizações, e meus poemas, dramas e opiniões terão mais dinâmica.
Espero de todo o meu coração que vocês me aceitem e me abracem pelas ideias que tenho e se não concordar, por favor, se exponha para que eu saiba o seu ponto de vista.
Agradeço imensamente aqueles que sempre me leram e me acompanharam, e aos novos, os aguardo!
Logo mais novidades, obrigada!