sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Nota número dois

Tempestade de areia num quase perfeito círculo
Eu sou mesmo mar destruidor.
Comendo as beiradas, conduzindo.
Planejando feitiços baixos, sucintos, mesquinhos.

Você não é tão bom

Você não serve!
Ou melhor, não me serve!
É exatamente isso, não me adianta em nada.
Abismo sem volta.
Você não me convence!
Nem tentando e nem fingindo.
Eu estou um passo a frente.
É decida sem volta.
É patético, desnecessário!
Simplesmente você não completa nada.
Não me completa!
São seus defeitos sem volta.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Lado escuro

Meu paladar é ácido, não tão diferente das minhas palavras "macias", mas talvez
você seja arcaico demais para entender o bem que estou fazendo aos fracos.
Você pode ver quanto amor eu distribuo?
Pode senti-lo agora mesmo?
Sou a rainha negra, a viúva, a última imagem.
Meus sentidos são como desertores e não há volta, meu bem, não há.
Eu estarei onde eu bem entender, sem culpa para justificar.
Porque eu não caio em contradição mesmo sendo de cristal, mas talvez
você seja arcaico demais para entender o bem que estou fazendo aos fracos.
Você pode ver quanto amor eu distribuo?
Pode senti-lo agora mesmo?
Eu sou como a última imagem, a mais forte, mais chocante, mais repetitiva, mais rápida.

sábado, 8 de agosto de 2015

Nota número um

Uma frase leve em uma tempestade elegante
eu sou mesmo o redemoinho.
Contornando o copo, abduzindo.
Escrevendo versos curtos, saindo, caindo.

Nomeadores do mundo

Não somos amigos, nem irmãos, nem outra coisa.
Somos a despreocupação do tempo e do termo,
não temos cadastro e nem rótulo.
Não somos amigos, nem conversamos.
mas buscamos no mundo um lugar bem melhor.
Não somos nada do que é íntimo e tão intimamente nos olhamos.
Não andamos juntos, negamos qualquer afeto, 
não nos comunicamos por palavras.
Somos a parte do jardim que ninguém quer visitar,
nem nós mesmos, queremos isso.
Não somos amigos, nem leais ou legalmente justos.
Amigos acabam sempre sendo mais que um.
Não nos nomeamos unidos, não queremos título.
Digo e repito, não somos amigos.
Somos um só, sem a intromissão dos outros.


domingo, 2 de agosto de 2015

"Um sonho de paz" - Campeã no Concurso de Poesia 2015

As flores murcharam
e o chão estremeceu.
Muitas vozes anunciaram
que algo grande aconteceu.
As algemas se soltaram,
a confiança apareceu.
O transe acabou,
mãos foram dadas.
O silêncio se quebrou,
pessoas desceram as escadas.
Uma luz os iluminou,
todos foram para a estrada.
A guerra parou para ver,
A luz que irradiava mais forte,
e logo foi obedecer,
abandonando a morte.
Paz ao mundo é o poder,
da realidade sem corte!
A fome sumiu dos lugares,
as pessoas estavam felizes.
O amor retornou aos lares,
levando os sentimentos tristes.
Fortes ficaram as bases,
nas famílias, os sonhos possíveis.
Meu sonho será realidade,
podemos conquistar tudo isso.
A paz se tornará lealdade,
se todos estivermos unidos.
Os monstros não serão de verdade.
Que a paz esteja contigo!


"A paz no meu pedaço" - Vice Campeã no Concurso de Poesia 2014

Dentro da minha casa
a paz sempre viveu.
Gostaria de dizer
que mais gente a conheceu,
que tudo se esclareceu,
que o amor permaneceu.
Como falar de paz
se aqui não a vejo?
Quando saio à rua
levo susto, sou desespero.
Passo procurando sossego,
tranquilidade é o que desejo.
Quero sair de casa feliz.
Quem sabe o medo some?
Não posso dizer tanto
do lugar de onde venho.
Vou contar sobre meu sonho,
um sonho bonito!
Onde há bandeira branca,
tudo tem cheiro de rosas,
pessoas com bons trabalhos,
crianças nas escolas.
Fadas madrinhas me ajudem
a mudar nossa história,
sonhos são importantes,
mas o mudar é pra agora.
No meu quarto tranquilo
encontro a paz que preciso.
Que meu pedacinho tenha paz
enquanto ainda vivo.